Canvas: o que é e quais seus elementos
O Canvas, ou Business Model Canvas, é uma das principais ferramentas de inovação que traz amplitude para os negócios e pessoas. Justamente por isso, é uma das mais usadas no mercado.
Mas, pensando nisso e sabendo que muitos usuários ainda tem dúvidas quanto aos elementos, funcionamento e muito mais. Então, prepare-se para ter todas as respostas que você estava procurando.
O que é o Canvas?
Primeiramente, o Canvas vem como uma solução eficiente que permite a inovação de modelos para criar coisas e organizar tudo. Mas, para isso, é preciso dedicar tempo para colaborar e resolver os problemas que surgirem.
Dessa forma, trata-se de uma ferramenta na qual você pode visualizar diferentes estratégias de forma eficaz. Além disso, dá para estruturar o modelo que deseja seguir com mais dinamismo. Isso sem falar da questão da análise, que otimiza bastante o funcionamento.
Conforme alguns especialistas na área, definem o Canvas a partir dos seus elementos, mas vamos trazer esses detalhes abaixo.
Assim, a maneira mais prática de entender o Canvas é uma ferramenta de estratégia para gerir um negócio e otimizar a implementação de novas ideias ou frentes.
Uma forma de evitar desvios no uso dessa ferramenta, bem como erros, é compreender as principais áreas do seu negócio. Diante disso, temos:
- Clientes: os clientes são a base de qualquer negócio, sendo os eles que compram seus produtos, serviços e ideias;
- Oferta: a oferta se refere a mercadoria/serviço conforme a maneira que é apresentado e os preços/valores associados a ele;
- Infraestrutura: são todos os serviços que garantem o desenvolvimento do negócio, ou seja, um conjunto de serviços;
- Viabilidade financeira: a viabilidade consiste no cálculo das despesas, lucros e tempo para saber se vale a pena, organizar projetos e planejar o que está por vir.
Qual a sua finalidade?
A finalidade dessa ferramenta é estruturar o negócio de forma estratégica, avaliando prós e contras, além de considerar as peculiaridades e características da empresa.
Ela também reduz a burocracia do processo e facilita a chegada de insights e novas ideias, tornando o planejamento mais dinâmico e eficiente.
Além disso, o uso do Canvas ajuda a encontrar respostas com mais rapidez, otimiza a estruturação e desenvolvimento do negócio ou do produto e melhora a capacidade de prevenção e solução de problemas.
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Como criar um Canvas passo a passo?
Os 9 elementos do Canvas são os blocos que compõem a ferramenta. Isso funciona a partir da descrição da lógica e desenvolvimento/captura de valor.
Escolhendo o formato ideal para o seu negócio
Antes de começar a preencher o Canvas, é importante escolher o formato que melhor se adapta às necessidades do seu negócio. Existem dois principais formatos a serem considerados:
- Canvas Físico: Ideal para workshops ou sessões colaborativas. Imprima o modelo em um tamanho grande, como A3, e utilize post-its para preencher os campos. Isso permite flexibilidade e facilita a visualização por todos os envolvidos.
- Canvas Digital: Perfeito para trabalho remoto ou para quem prefere ferramentas online. Utilize plataformas como Miro, Canva, ou mesmo planilhas personalizadas. Esse formato é prático e facilita edições e compartilhamento.
Considere o tamanho da equipe, a dinâmica do processo e os recursos disponíveis para escolher o formato mais eficiente.
Preenchendo cada componente do Canvas
Depois de definir o formato, siga as etapas para preencher os nove blocos do Canvas. É essencial preencher os campos na ordem correta para garantir coesão entre as partes:
1. Proposta de valor
A proposta de valor é o componente central do modelo de negócios, onde são descritas as soluções exclusivas que sua empresa oferece ao mercado. Aqui, você deve destacar como seus produtos ou serviços atendem às necessidades do cliente de forma diferenciada e eficaz.
Este bloco deve incluir:
- As vantagens dos seus produtos e serviços: O que torna sua oferta única e valiosa?
- Os benefícios entregues ao cliente: Como sua solução resolve problemas específicos ou cria oportunidades?
- O diferencial competitivo: Por que sua empresa se destaca em relação à concorrência?
2. Segmentos de clientes
O bloco de segmentação de clientela é onde apresenta-se todas as informações do perfil. Ou seja, quem é a sua persona ou público-alvo.
Neste cenário, tudo aquilo que é importante, que delimita o seu cliente ideal, serão descritos aqui. Como idade, comportamentos, preferências pessoais, onde essas pessoas estão (localização geográfica), etc.
Através dessas informações, é possível elaborar um projeto de vendas mais bem direcionado, com informações especificas e aumentando as chances de lucros.
Imagine, por exemplo, que você fará uma campanha nas redes sociais. Esses dados vão facilitar que o anúncio chegue exatamente em quem deveria.
3. Relacionamento com o consumidor
O bloco de relacionamento com o consumidor detalha como sua empresa estabelece e mantém conexões com o público. Ele define as estratégias e canais utilizados para criar uma experiência satisfatória e alinhada com as expectativas dos clientes.
Aqui, você deve responder:
- Como o cliente prefere se comunicar? O atendimento será online, presencial ou ambos?
- Quais canais de interação serão utilizados? Inclua exemplos como redes sociais, e-mail, chatbots ou pontos de venda físicos.
- O atendimento será personalizado ou automatizado? Determine se a interação terá um toque humano ou será focada em autoatendimento.
Este bloco deve ser orientado pela perspectiva do cliente. Entender o que é mais conveniente para o público e como ele deseja interagir com sua empresa é essencial para construir um relacionamento duradouro e eficaz.
Por exemplo, se o seu público valoriza agilidade, considere implementar atendimentos rápidos por chat ou aplicativos. Já para clientes que preferem uma experiência personalizada, invista em um suporte mais humanizado e consultivo.
4. Canais de distribuição
O bloco de canais de distribuição descreve os meios pelos quais sua empresa alcança e se comunica com os clientes. Ele inclui tanto as estratégias de divulgação e marketing quanto os métodos de entrega e suporte ao cliente.
Este bloco deve abranger:
- Canais de comunicação: Como sua empresa irá falar com o público? Inclua redes sociais, anúncios patrocinados, e-mails e campanhas em mídias tradicionais, como TV, revistas, jornais e rádio.
- Canais de entrega: Quais serão os meios utilizados para entregar produtos ou serviços? Pense em transportadoras, correios ou entrega direta.
- Pós-venda e suporte: Como será a interação após a compra? Defina estratégias de fidelização, suporte técnico ou atendimento ao cliente para resolver dúvidas e fortalecer o relacionamento.
Por exemplo, se sua empresa utiliza redes sociais para promover produtos, mas também faz vendas físicas, é importante alinhar a experiência online e offline. Além disso, garantir um processo de entrega eficiente e um atendimento pós-venda de qualidade é essencial para melhorar a satisfação do cliente.
5. Atividades chaves
O bloco de atividades-chave descreve as principais ações que sua empresa deve realizar para entregar valor ao cliente. Ele engloba as atividades essenciais para desenvolver, produzir e oferecer seus produtos ou serviços de forma eficaz.
Neste espaço, inclua:
- As etapas principais do processo: O que precisa ser feito para cumprir a proposta de valor?
- Ações críticas para operação: Inclua atividades como desenvolvimento, produção, marketing, vendas e entrega.
- Resolução de problemas: Como seu produto ou serviço resolve os problemas do cliente? Apresente as etapas do processo de forma clara, como em um passo a passo.
Por exemplo, se sua empresa desenvolve um software, as atividades-chave podem incluir desenvolvimento de código, testes, suporte ao cliente e atualizações. Já em um negócio de manufatura, as atividades podem ser projetar, fabricar, embalar e distribuir.
6. Recursos chaves
O bloco de recursos-chave reúne todos os ativos necessários para que sua empresa funcione e entregue valor aos clientes. Esses recursos podem ser físicos, humanos, financeiros ou tecnológicos, dependendo do modelo de negócio.
Aqui, você deve incluir:
- Máquinas e equipamentos: Quais são os ativos físicos essenciais para a operação?
- Equipe e colaboradores: Quantas pessoas são necessárias e quais habilidades elas precisam ter?
- Espaços físicos: Quais locais são indispensáveis, como escritórios, fábricas ou armazéns?
- Recursos financeiros: Quanto é investido em infraestrutura, tecnologia e operações diárias?
- Tecnologia e propriedade intelectual: Inclua softwares, patentes, marcas registradas ou processos exclusivos.
Por exemplo, em uma fábrica, os recursos-chave podem incluir máquinas de produção, equipes de montagem e espaços de armazenamento. Já em uma startup tecnológica, os recursos podem ser desenvolvedores, servidores e ferramentas de desenvolvimento de software.
7. Parceiros chaves
O bloco de parcerias-chave descreve as alianças estratégicas que ajudam sua empresa a operar e crescer. Esses parceiros desempenham um papel importante ao fornecer recursos, serviços ou suporte que complementam as atividades principais do negócio.
Neste bloco, inclua:
- Fornecedores: Quais empresas fornecem os materiais ou serviços essenciais para sua operação?
- Terceirização de serviços: Quais atividades secundárias podem ser delegadas? Exemplos incluem escritórios de contabilidade, equipes de limpeza ou transporte logístico.
- Benefícios das parcerias: Como esses parceiros contribuem para o desenvolvimento, estratégia e equilíbrio do negócio?
Por exemplo, um restaurante pode ter como parceiros-chave fornecedores de alimentos frescos e empresas de entrega. Já uma startup pode depender de fornecedores de tecnologia e serviços de consultoria.
Parcerias bem estruturadas ajudam a otimizar custos, aumentar a eficiência e focar nas atividades principais do negócio, garantindo melhores resultados e sustentabilidade.
8. Fontes de receita
O bloco de fontes de receita descreve como sua empresa gera receita a partir de seus produtos ou serviços. Ele reflete o valor que os clientes estão dispostos a pagar e as estratégias utilizadas para maximizar o fluxo de caixa.
Aqui, você deve incluir:
- Preços e valores: Quanto os clientes estão dispostos a pagar pelos produtos ou serviços?
- Formas de pagamento: Quais métodos de pagamento serão aceitos? Exemplos incluem cartões de crédito, boletos, transferências bancárias ou pagamentos digitais.
- Prazos e condições: Quais são as condições de pagamento? Inclua detalhes sobre parcelamentos, assinaturas, licenças ou compras únicas.
- Modelos de receita: Descreva como sua empresa gera renda. Exemplos incluem vendas diretas, assinaturas, royalties, comissões ou serviços sob demanda.
Por exemplo, uma loja de e-commerce pode oferecer vendas diretas com parcelamento em até 12 vezes, enquanto um aplicativo de streaming utiliza um modelo de assinatura mensal.
9. Estrutura de custos
O bloco de estrutura de custos descreve todos os gastos necessários para que sua empresa funcione e entregue valor ao cliente. Esse elemento é essencial para planejar e gerenciar os recursos financeiros de forma eficiente.
Aqui, você deve incluir:
- Custos fixos: Despesas que não variam, como aluguel, salários e manutenção de equipamentos.
- Custos variáveis: Gastos que mudam de acordo com o volume de produção ou vendas, como matéria-prima e transporte.
- Custos diretos: Despesas diretamente relacionadas à produção do produto ou serviço.
- Custos indiretos: Gastos que não estão diretamente ligados à produção, como serviços administrativos ou marketing.
Ao organizar essas informações, você pode criar uma visão clara da estrutura financeira do negócio, facilitando o planejamento e o equilíbrio entre custos e receitas.
Por exemplo, em uma fábrica, os custos fixos podem incluir o aluguel do espaço e os salários da equipe, enquanto os custos variáveis podem ser os materiais usados na produção. Já em uma empresa de serviços, os custos diretos podem incluir o pagamento de profissionais especializados, e os indiretos, o marketing digital.
Definir a estrutura de custos permite identificar oportunidades de redução de despesas, alinhar os investimentos e maximizar a lucratividade do negócio.
Quais as 4 principais perguntas na hora de fazer o Canvas?
Como preencher o Canvas?
O preenchimento do Canvas funciona a partir dos 9 elementos. Ou seja, você irá completar cada um dos blocos, criando uma estrutura que traz a visualização completa do negócio.
Duas dicas que vão te ajudar nesse processo é definir muito bem qual é a necessidade do seu produto/serviço, ou seja, como satisfaz o cliente. Bem como a maneira como essa solução ajuda o seu cliente.
Quem pode usar o Canvas?
O Canva é indicado para todas as empresas, negócios, organizações ou startups, desde as maiores as menores, e independente do tempo de mercado.
Além disso, é indicado para e-commerces ou mesmo lojas físicas. Como engloba todas as questões de vendas, facilita na criação de estratégias que realmente funcionam.
Como usar no dia-a-dia?
Uma das principais vantagens do Canvas é que os blocos são preenchidos como post-its. Como resultado, você pode modificar, alterar ou atualizar a partir de mudanças.
Sendo assim, não adiante preencher se não for usar. A ideia é tornar isso uma ferramenta diária: deixe em local visível e sempre o utilize na hora de aplicar novas estratégias e chegar as respostas que estava procurando.
Como aplicar o Canvas?
Para aplicar essa ferramenta, o primeiro passo é ter um quadro.
Em seguida, você utiliza post-its, folhas ou cartões para criar as subdivisões, que são os elementos destacados acima. Gradualmente, adicione as informações necessárias ou faça alterações conforme necessário.