Diagrama de Ishikawa: O que é, para que serve e como fazer?
O Diagrama de Causa e Efeito, também conhecido como Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe, é uma das 7 Ferramentas da Qualidade mais utilizadas no mundo, que visa identificar e organizar as possíveis causas de um problema específico.
Assim, o Diagrama de Causa e Efeito desempenha um papel crucial no diagnóstico de problemas e na implementação de melhorias contínuas em processos organizacionais.
Neste blog, vamos explorar como essa técnica simples, mas extremamente eficaz, pode transformar sua abordagem na resolução de problemas, ajudando você a tomar decisões mais informadas e a melhorar continuamente.
O que é o Diagrama de Causa e Efeito?
O Diagrama de Causa e Efeito é uma ferramenta essencial na gestão da qualidade que visa identificar e organizar as possíveis causas de um problema específico. A criação deste diagrama envolve a colaboração das partes interessadas, que compartilham e organizam suas teorias sobre as causas de um problema, promovendo um entendimento coletivo que pode levar a ações corretivas e melhorias na qualidade.
Assim, o Diagrama de Causa e Efeito desempenha um papel crucial no diagnóstico de problemas e na implementação de melhorias contínuas em processos organizacionais.
Para que serve o Diagrama de Ishikawa?
O Diagrama de Causa e Efeito é essencial para:
Melhoria de processos: Identificar pontos de ineficiência e implementar soluções.
Análise de problemas: Descobrir as causas principais e secundárias de um problema.
Gestão da qualidade: Garantir a conformidade de processos e produtos.
Planejamento de projetos: Visualizar riscos e prever desafios.
Por meio dessa ferramenta, é possível estruturar o pensamento sistêmico e reduzir significativamente a chance de fatores importantes serem negligenciados.
Origem e história do Diagrama de Ishikawa
Criado pelo Dr. Kaoru Ishikawa na década de 1940, o diagrama foi projetado para ser uma ferramenta visual simples e eficaz. Ishikawa, um engenheiro químico japonês e um dos pioneiros na gestão da qualidade, criou este diagrama para ajudar as equipes a identificar, organizar e analisar as causas de problemas específicos em processos industriais.
Inicialmente, era amplamente utilizado na indústria japonesa para controle de qualidade, mas rapidamente se espalhou pelo mundo devido à sua versatilidade e capacidade de adaptação a diferentes setores.
Desde a sua introdução, o Diagrama de Causa e Efeito tornou-se uma ferramenta essencial na gestão da qualidade, amplamente utilizada em diversos setores para melhorar processos e garantir a qualidade dos produtos e serviços.
Como fazer um Diagrama de Ishikawa: Passo a Passo
Para construir um Diagrama de Ishikawa, siga este guia:
Defina o problema (efeito): Identifique o problema que você deseja resolver. Por exemplo, “produtos defeituosos” ou “baixo volume de vendas”.
Desenhe a espinha central: Trace uma linha horizontal que aponta para a direita, onde será inserido o problema no final.
Liste as macro causas (6 Ms): Adicione as categorias principais: Método, Máquina, Material, Mão de obra, Medida e Meio ambiente.
Detalhe as micro causas: Por meio de brainstorming, identifique as subcausas que se conectam a cada macro causa.
Valide as causas no gemba: Verifique no local onde o processo ocorre (gemba) se as causas levantadas são reais.
Implemente soluções: Analise as causas mais prováveis, elabore um plano de ação e implemente as melhorias.
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Quais são os 6 Ms do Diagrama de Ishikawa?
Os 6 Ms do Diagrama de Causa e Efeito, também conhecido como Diagrama de Ishikawa ou Diagrama de Espinha de Peixe, são:
- Método: Refere-se aos processos e procedimentos envolvidos no problema que está sendo analisado. Pode incluir a falta de um processo formal, a falta de treinamento adequado ou a falta de diretrizes claras.
- Máquina: Refere-se aos equipamentos, ferramentas e tecnologia utilizados no processo ou sistema em questão. Pode incluir a falta de manutenção adequada, a obsolescência ou o mau funcionamento de um equipamento.
- Material: Refere-se às matérias-primas, insumos e suprimentos utilizados no processo ou sistema em questão. Pode incluir a falta de qualidade, a inadequação ou a falta de disponibilidade de um determinado material.
- Mão de obra: Refere-se às pessoas envolvidas no processo ou sistema em questão, incluindo as habilidades e treinamento necessários para desempenhar suas funções. Pode incluir a falta de qualificação, a falta de treinamento ou a escassez de pessoal.
- Medição: Refere-se às ferramentas e processos utilizados para medir e monitorar o processo ou sistema em questão. Pode incluir a falta de dados confiáveis, a falta de padrões ou a falta de ferramentas de medição adequadas.
- Meio ambiente: Refere-se às condições físicas e ambientais em que o processo ou sistema ocorre, incluindo o ambiente de trabalho, a temperatura, a umidade e a iluminação. Pode incluir fatores como a poluição, o barulho ou a falta de espaço adequado.
Cada categoria pode ser adaptada à realidade da organização e ao problema analisado.
O que é possível verificar com o Diagrama de Causa e Efeito?
O Diagrama de Causa e Efeito pode ser usado em diferentes cenários e da maneira que melhor se adequar a realidade da organização. Contudo, é possível destacar algumas formas de uso, como:
- Impactar na melhoria dos processos;
- Para realizar o levantamento de recursos disponíveis na empresa;
- Para identificar novas soluções em processos;
- Visualizar as causas principais e secundárias de um problema observado;
- Para ampliar a visão de possíveis causas de um problema através do pensamento sistêmico;
Quando usar o Diagrama de Causa e Efeito?
- Identificação de causas em processos: Utilizado para identificar e organizar as possíveis causas de um problema específico em processos industriais ou organizacionais.
- Gestão da qualidade: Ferramenta essencial em projetos de melhoria contínua, especialmente na fase de análise de variabilidade e defeitos.
- Início de projetos de melhoria: Aplicado nas etapas iniciais de projetos, como no ciclo PDCA, para mapear as causas antes de planejar ações corretivas.
- Sessões de brainstorming: Usado para capturar e estruturar o conhecimento coletivo da equipe, facilitando a visualização de todas as possíveis causas de um problema.
- Análise sistemática de problemas: Crucial para uma análise completa e sistemática, permitindo o desenvolvimento de soluções mais informadas e eficazes.
Exemplo de Diagrama de Causa e Efeito
Vamos criar um Diagrama de Causa e Efeito para analisar o problema de "atraso na entrega de produtos" em uma empresa de manufatura.
1. Problema Central: Atraso na entrega de produtos.
2. Categorias Principais e Sub Causas: O Diagrama de Ishikawa organiza as causas em 6 categorias principais, detalhadas com subcausas específicas:
Mão de Obra:
- Falta de treinamento: Funcionários não preparados para operar máquinas ou seguir procedimentos.
- Alta rotatividade: Novos funcionários em constante treinamento reduzem eficiência.
- Falta de motivação: Ausência de reconhecimento, incentivos e oportunidades de crescimento.
Métodos:
- Processo ineficiente: Etapas desnecessárias ou falta de automação.
- Planejamento inadequado: Falta de coordenação entre departamentos e análise de capacidade.
- Falta de controle de qualidade: Inspeções insuficientes levam a retrabalho.
Máquinas:
- Falhas frequentes: Equipamentos antigos ou sem manutenção.
- Manutenção inadequada: Intervalos longos entre revisões preventivas.
- Obsolescência: Máquinas desatualizadas impactam a produtividade.
Materiais:
- Falta de matéria-prima: Atrasos de fornecedores comprometem a produção.
- Fornecedores não confiáveis: Entregas irregulares ou de baixa qualidade.
- Qualidade dos materiais: Falta de inspeção nas matérias-primas recebidas.
Medições:
- Previsões imprecisas: Dados históricos incompletos ou ferramentas desatualizadas.
- Monitoramento insuficiente: Ausência de sistemas em tempo real e dashboards.
- Ferramentas imprecisas: Equipamentos de medição sem calibração.
Meio Ambiente:
- Clima adverso: Condições extremas sem plano de contingência.
- Problemas logísticos: Dependência de uma única rota ou parceiros não confiáveis.
- Regulamentações: Falta de adaptação a novas leis ou desconhecimento de mudanças legais.
3. Subcausas (conectadas às espinhas principais): Cada espinha principal do diagrama se ramifica em sub causas específicas. Vamos detalhar algumas dessas subcausas:
Mão de Obra:
- Falta de Treinamento: Cursos de treinamento insuficientes, ausência de programa de onboarding estruturado.
- Alto Turnover: Insatisfação com a liderança, condições de trabalho precárias, falta de benefícios.
- Falta de Motivação: Ausência de programas de reconhecimento, falta de feedback positivo, crescimento limitado na carreira.
Métodos:
- Processo de Produção Ineficiente: Falta de mapeamento de processos, utilização de métodos antiquados, falta de automação.
- Planejamento Inadequado: Planejamento reativo em vez de proativo, falta de coordenação entre departamentos, ausência de análise de capacidade.
- Falta de Controle de Qualidade: Procedimentos de inspeção ineficazes, ausência de checkpoints durante a produção.
Máquinas:
- Falhas Frequentes: Máquinas operando além de sua capacidade, ausência de monitoramento de desempenho.
- Manutenção Inadequada: Falta de equipe de manutenção qualificada, intervalos longos entre manutenções preventivas.
- Obsolescência: Equipamentos desatualizados, falta de orçamento para novos investimentos.
Materiais:
- Falta de Matéria-Prima: Dependência de poucos fornecedores, problemas na cadeia de suprimentos.
- Fornecedores Não Confiáveis: Falta de contratos claros, dependência de fornecedores internacionais com prazos longos.
- Qualidade Baixa dos Materiais: Inspeção inadequada dos materiais recebidos, falha na comunicação de especificações.
Medições:
- Erros na Previsão: Dados históricos incompletos, falta de ferramentas de previsão avançadas.
- Falta de Monitoramento: Sistemas de ERP desatualizados, ausência de dashboards de desempenho.
- Ferramentas Imprecisas: Equipamentos de medição não calibrados, falta de manutenção em instrumentos críticos.
Meio Ambiente:
- Clima Adverso: Falta de plano de contingência para condições climáticas extremas.
- Problemas Logísticos: Dependência de uma única rota de transporte, falta de parceiros logísticos confiáveis.
- Regulamentações: Falta de adaptação rápida a novas leis, desconhecimento de mudanças regulatórias.
Este exemplo mostra como categorizar e detalhar as causas do atraso, possibilitando ações específicas para eliminar gargalos. As categorias do Diagrama de Ishikawa ajudam a visualizar problemas de forma clara e estruturar estratégias de melhoria contínua na empresa.
Vantagens do Diagrama de Ishikawa
Além de estimular a liderança para coordenar as equipes, o Diagrama de Ishikawa pode trazer diversos benefícios para as empresas, podendo ser utilizado em conjunto com outras ferramentas como gráfico de pareto e brainstorming. Assim, por trás desta poderosa ferramenta temos algumas vantagens como:
- Maior assertividade na gerência das causas de um problema;
- Escala de prioridades das atividades;
- Identificação e controle de possíveis problemas causados pela matéria prima;
- Facilita a visualização em etapas de cada processo;
- Aprimoramento dos processos e melhoria contínua;
- Foco no objetivo e seus desdobramentos;
- Maior controle de qualidade;
- Ótima ferramenta para gestão de projetos.
Ferramentas complementares ao Diagrama de Ishikawa
Para potencializar os resultados, combine o Diagrama de Ishikawa com:
- 5 Porquês: Para aprofundar na causa-raiz.
- Gráfico de Pareto: Para priorizar causas com maior impacto.
- Brainstorming: Para levantar ideias e soluções.
Cuidados ao usar o Diagrama de Ishikawa
- Hipóteses: Certifique-se de validar as causas antes de implementar ações.
- Equipes enxutas: Evite convidar muitas pessoas para a elaboração do diagrama, priorizando quem realmente conhece o processo.
- Adaptação: Utilize categorias e sub causas que sejam relevantes ao seu negócio.
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