A inteligência emocional é a capacidade de identificar, compreender e gerenciar os próprios sentimentos. No ambiente de trabalho, essa habilidade é essencial para colaborar efetivamente em equipe, aumentar a produtividade e promover um ambiente de segurança e bem-estar psicológico.
Assim, pessoas emocionalmente inteligentes desfrutam de muitos benefícios em sua vida pessoal e carreira, como ter reconhecimento no âmbito profissional e capacidade de liderança.
Em um ambiente corporativo cada vez mais competitivo, saber compreender e gerenciar as próprias emoções, além de lidar com as dos colegas, é fundamental para alcançar o sucesso em equipe. Uma pessoa com inteligência emocional bem desenvolvida consegue sentir, pensar e agir de forma consciente e equilibrada.
Como surgiu a inteligência emocional?
A teoria da inteligência emocional surgiu a partir do trabalho de Peter Salovey e John D. Mayer, que foram os primeiros a definir e estudar a inteligência emocional como uma forma distinta de inteligência. Eles descreveram a inteligência emocional como a capacidade de perceber, compreender e gerenciar as emoções próprias e alheias.
O papel de Daniel Goleman
A teoria da inteligência emocional foi popularizada pelo jornalista e cientista Daniel Goleman em seu livro "Inteligência Emocional: Por que é importante mais do que a inteligência racional", de 1995. No livro, Goleman argumenta que a inteligência emocional é tão importante quanto a inteligência racional e pode ter um impacto significativo no sucesso profissional e pessoal.
Desde então, a inteligência emocional tem sido amplamente estudada e é amplamente aceita como uma forma valiosa de inteligência. É usada em muitas áreas, incluindo educação, psicologia, recursos humanos e desenvolvimento de liderança.
O que é ser uma pessoa inteligente?
Ser uma pessoa inteligente vai além de ter um alto QI ou de ter sucesso acadêmico. Uma pessoa inteligente geralmente é caracterizada por uma série de traços e habilidades que demonstram um pensamento crítico, criatividade, capacidade de resolver problemas, adaptabilidade e uma boa compreensão do mundo ao seu redor.
Existem diferentes tipos de inteligência, conforme proposto pela teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner. Ele identificou várias formas de inteligência, incluindo:
Inteligência linguística
Esta é a capacidade de usar e compreender a linguagem de forma eficaz, incluindo habilidades de leitura, escrita, fala e escuta. Indivíduos com alta inteligência linguística tendem a se destacar em áreas como escrita criativa, oratória e tradução.
Inteligência lógico-matemática
Refere-se à capacidade de raciocínio lógico, solução de problemas matemáticos e compreensão de padrões abstratos. Pessoas com alta inteligência lógico-matemática geralmente têm facilidade em lidar com números, resolver problemas complexos e pensar de forma analítica.
Inteligência espacial
Esta é a capacidade de perceber o mundo visual e espacialmente, incluindo habilidades como orientação, reconhecimento de padrões e visualização mental. Indivíduos com alta inteligência espacial muitas vezes se destacam em áreas como arte, arquitetura, design e navegação.
Inteligência corporal-cinestésica
Refere-se à habilidade de usar o corpo de forma habilidosa e expressiva, incluindo coordenação motora, destreza física e consciência corporal. Atletas, dançarinos e artesãos muitas vezes demonstram alta inteligência corporal-cinestésica.
Inteligência musical
Esta é a capacidade de compreender, criar e apreciar padrões musicais, incluindo ritmo, melodia e harmonia. Músicos, compositores e maestros frequentemente exibem alta inteligência musical.
Inteligência interpessoal
Refere-se à capacidade de compreender e se relacionar eficazmente com outras pessoas, incluindo empatia, habilidades de comunicação e capacidade de trabalhar em equipe. Líderes, terapeutas e mediadores muitas vezes demonstram alta inteligência interpessoal.
Inteligência intrapessoal
Esta é a capacidade de compreender a si mesmo, incluindo emoções, motivações e metas pessoais. Pessoas com alta inteligência intrapessoal têm uma forte consciência de si mesmas e são capazes de auto reflexão e autogerenciamento.
Os 5 pilares da inteligência emocional
A inteligência emocional possui 5 pilares que regem seu funcionamento e eles facilitam a compreensão da ideia como um todo, são eles:
1. Autoconhecimento emocional
Nós somos seres dotados de sentimentos e independente de um traço característico de mais ou menos sensibilidade a eles, somos afetados em algum grau. A emoção é intrínseca a cada um de nós e por isso, o autoconhecimento emocional é fundamental e o desafio é aprendermos a reconhecer e entender nossos próprios sinais e formas de reagir.
2. Controle emocional
Além de reconhecer a existência e a presença de nossos sentimentos é necessário saber lidar com eles. Essa é uma tarefa árdua e não ter esse controle nos faz dependentes de nossas emoções e perder o real domínio sobre a vida.
3. Automotivação
É a habilidade de conseguir redirecionar sentimentos e emoções em busca de um objetivo ou ganho pessoal. Se manter firme em meio a adversidades profissionais, a fim de bater metas pessoais e sentir a satisfação do dever cumprido, é um exemplo de automotivação.
4. Empatia
Empatia tem por base o respeito, ou melhor, o não julgamento prévio e a busca pelo entendimento das emoções e ações dos outros, mesmo que você não concorde ou faça diferente.
5. Relacionamentos interpessoais
O último pilar trata dos relacionamentos humanos como a base da vida em sociedade e essas interações vêm da nossa capacidade de gerir e entender o sentimento alheio. Elas são necessárias para manter os impactos positivos e negativos em nossa vida proporcionados pelo compartilhamento de emoções.
A capacidade de olhar para o outro e enxergá-lo, entendendo suas potencialidades e motivando-o é uma característica de gestão muito importante. Se você deseja se tornar um líder é imprescindível dominar esse pilar da inteligência emocional.
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Como desenvolver a inteligência emocional?
Muitos traços de personalidade e características de temperamento são aspectos permanentes de um indivíduo, porém há pontos e circuitos da mente humana que podem ser desenvolvidos e trabalhados. São eles que irão impactar o desenvolvimento e o nível de sua inteligência emocional.
Para desenvolver a inteligência emocional primeiramente devemos revisar os pilares, habilidades e competências que ela envolve e perceber em que pontos estamos falhando para então trabalhá-los. É preciso trabalhar melhor suas relações e desenvolver empatia, reconhecer, saber controlar e usar a favor suas emoções, refletir sobre seu próprio comportamento e saber lidar com sentimentos negativos, praticar resiliência e trabalhar na sua autoestima.
Tomas Chamorro-Premuzic, professor de psicologia empresarial na University College London e na Columbia University, também associado do Laboratório de Finanças Empresariais de Harvard, publicou um artigo para o Harvard Business Review em que falava sobre 5 passos fundamentais para elevar o nível da inteligência emocional:
- Transformar autoengano em autoconsciência;
- Transformar o foco em si mesmo em foco nos outros;
- Tornar a convivência gratificante por meio de suas ações;
- Ter controle em momentos “explosivos”;
- Ser e demonstrar humildade.
Quanto maior for seu nível de inteligência emocional, maior será sua satisfação pessoal. Cada vez mais você será capaz de controlar suas emoções e ações advindas de sentimentos e, então, ter o verdadeiro domínio sobre sua vida, naturalmente a sensação de bem-estar acompanha essa mudança.
Quais são os tipos de inteligência emocional?
Daniel Goleman, um dos principais pesquisadores nesse campo, identificou cinco componentes principais da inteligência emocional:
- Autoconsciência emocional
- Autorregulação emocional
- Motivação
- Empatia
- Habilidades sociais
Esses cinco componentes da inteligência emocional são inter-relacionados e trabalham juntos para influenciar nosso comportamento, nossos relacionamentos e nosso bem-estar emocional. Desenvolver e aprimorar essas habilidades pode levar a uma vida mais gratificante e bem-sucedida, tanto pessoal quanto profissionalmente.
Inteligência Emocional no Trabalho
No ambiente de trabalho, a inteligência emocional pode ser um fator diferencial para o sucesso profissional e pessoal.
Pessoas com altos níveis de inteligência emocional são capazes de lidar de forma eficaz com as pressões e desafios do ambiente de trabalho, mantendo a calma e a objetividade mesmo em situações estressantes. Elas também são capazes de desenvolver relacionamentos saudáveis e colaborativos com colegas, superiores e subordinados, o que é fundamental para o sucesso em equipe.
A inteligência emocional também pode ajudar a melhorar a liderança. Líderes com inteligência emocional são capazes de inspirar e motivar suas equipes, além de construir relacionamentos saudáveis com seus subordinados. Eles também são capazes de compreender e gerenciar as emoções das pessoas ao seu redor, o que os ajuda a lidar com situações desafiadoras de forma eficaz.
No entanto, é importante lembrar que a inteligência emocional não é uma habilidade fixa e pode ser desenvolvida ao longo do tempo. Treinamentos, prática consciente e autoconhecimento são ótimas maneiras de aumentar a inteligência emocional no ambiente de trabalho.
Comportamentos que revelam inteligência emocional
Pessoas emocionalmente inteligentes, muitas vezes, deixam de perceber o quanto suas ações e seu comportamento revelam essa capacidade de conduzir sentimentos e emoções. Entretanto, elas podem ser facilmente notadas através de características e situações como: grande respeito e empatia, até em situações adversas ao que acredita, saber ouvir, não guardar rancor, evitar comparações, entender o porquê de estar bem ou mal em cada momento, saber dizer não, entre muitos outros.
É fácil notar que todas características citadas estão relacionadas aos pilares da inteligência emocional, e no ambiente de trabalho elas se tornam ainda mais evidentes quando essas pessoas sabem trabalhar em equipe, liderar, possuem voz ativa, atuam em várias frentes, conseguem trabalhar bem sob pressão, não se submetem a qualquer condição de trabalho e estão sempre alinhados à cultura da empresa. Além de exemplo dentro do ambiente de trabalho, pessoas emocionalmente inteligentes se destacam.
Como avaliar minha inteligência emocional
O sentimento de bem-estar, mesmo sob situações adversas, é um bom indício de que você seja um indivíduo emocionalmente inteligente. Ainda, se você é uma pessoa que consegue equilibrar suas emoções e a razão, é adaptável a diferentes situações, pode-se dizer que possui uma inteligência emocional elevada. Caso contrário, trabalhar a maneira como você encara e lida com isso é crucial para se viver de maneira mais saudável.
Aqui podemos citar as competências fundamentais em que você pode revisitar suas ações e fazer uma autoavaliação. Dessa forma, identifique os pontos que precisa trabalhar para ser emocionalmente inteligente e desfrutar de todos benefícios que isso trará para sua vida pessoal e carreira:
- Autocontrole emocional;
- Gestão de conflitos;
- Resiliência;
- Trabalho em equipe;
- Adaptabilidade;
- Gratidão
Por que a inteligência emocional é importante no trabalho?
A inteligência emocional é uma habilidade essencial no ambiente profissional, pois vai além do domínio técnico e da inteligência cognitiva. Ela envolve a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros, contribuindo para um desempenho mais eficaz e relacionamentos mais saudáveis no trabalho.
Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, a inteligência emocional se torna um diferencial significativo. Investir no desenvolvimento dessa competência não apenas contribui para um ambiente de trabalho mais equilibrado e produtivo, mas também é um passo importante para o crescimento na carreira.